Museu José Hidasi: três décadas de história e ciência no Tocantins

Evento comemorativo nesta terça-feira, 10, marcou três décadas de atuação do museu, que possui um dos maiores acervos taxidermizados da região Norte e reafirma o compromisso da Unitins com a ciência, cultura e educação ambiental

SAMIR RYAM GABRIEL DIAS LEÃO Extensão 10/06/2025 12:07

Instalado no Complexo de Ciências Agrárias da Unitins desde 2023, o Museu José Hidasi vive uma nova fase, mais acessível e estruturada (Foto: NonatoSilva/Dicom Unitins)


A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) celebrou, na manhã desta terça-feira, 10, os 30 anos do Museu de Zoologia e Taxidermia José Hidasi, uma referência na preservação da fauna e no ensino de Ciências Biológicas no estado. A cerimônia foi realizada no Complexo de Ciências Agrárias (CCA), em Palmas, onde o museu está instalado desde 2023, após ampla revitalização.

A programação contou com homenagens, falas institucionais, apresentação do coral da Unitins, exibição de um vídeo sobre a trajetória do museu e visita ao novo espaço, que abriga um acervo com mais de 5 mil exemplares taxidermizados. A coleção reúne espécies de diversos biomas brasileiros, como Cerrado, Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Pampa, além de animais vindos da África do Sul, Austrália e Nova Zelândia.

O reitor da Unitins, professor Augusto Rezende, destacou o papel histórico e educativo do museu, enaltecendo o esforço da equipe para preservar o legado deixado pelo professor José Hidasi. “É com muita alegria que celebramos esse momento. A Unitins cumpre aqui sua missão de contribuir com o resgate histórico, científico e cultural do Tocantins. O museu passou por momentos difíceis, inclusive com riscos estruturais. Mas, graças à sensibilidade e empenho da nossa equipe, especialmente da professora Kyldes, conseguimos migrar o acervo para um espaço digno, seguro e acessível”, afirmou.

O professor Augusto também lembrou que o Tocantins possui poucos museus cadastrados oficialmente e que a Unitins se destaca ao manter dois espaços dedicados à memória e ao conhecimento: o Museu José Hidasi e o Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta). “Somos um estado jovem, de muitas influências culturais, mas com poucas estruturas permanentes de resgate histórico. Ter esses dois museus sob responsabilidade da universidade é motivo de orgulho e responsabilidade”, completou.

Na comemoração dos 30 anos do Museu José Hidasi, a vice-reitora da Unitins, professora Darlene Teixeira Castro, destacou o papel fundamental do museu para a ciência, a educação e a identidade cultural do Tocantins. Segundo ela, a revitalização do espaço reforça o compromisso da universidade com a conservação ambiental e a formação acadêmica de qualidade.

 “É uma alegria enorme estar aqui celebrando os 30 anos do Museu José Hidasi, que é muito mais do que um espaço com animais taxidermizados. É um verdadeiro patrimônio científico e cultural do Tocantins. Esse museu representa o compromisso da Unitins com a conservação da biodiversidade, com a pesquisa e com a educação ambiental. É uma ferramenta essencial para a formação dos nossos estudantes, para o avanço da ciência regional e para o fortalecimento da identidade do nosso estado. Hoje, ao vermos esse espaço revitalizado, percebemos que investir em museus como esse é investir no futuro do Tocantins. Agradeço a toda equipe que mantém esse trabalho vivo e a cada visitante que passa por aqui, porque é isso que dá sentido ao museu: a troca de conhecimento e a valorização da nossa fauna e flora”, afirmou.

Descerramento da placa localizada na entrada do Museu


Patrimônio

A pró-reitora de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários, professora Kyldes Batista Vicente, reforçou a importância do museu como ferramenta de ensino e extensão. “O Museu José Hidasi é um patrimônio da ciência tocantinense. Além de ser referência em pesquisa, é também um espaço de educação ambiental, que recebe estudantes, professores, pesquisadores e visitantes de todo o estado. São três décadas de dedicação à preservação da biodiversidade”, disse.

A diretora de Assuntos Estudantis e Esporte, Ana Márcia Gurski, também destacou a importância da nova sede. “Foi uma mudança estrutural e simbólica. O museu ganhou nova vida, nova funcionalidade, sem perder sua essência. E seguimos com a missão de ampliá-lo cada vez mais”, pontuou.

Acervo vivo e em constante expansão

O museu integra o Núcleo de Zoologia e Taxidermia (NZT) da Unitins, que atua em duas frentes: científica e didática. Entre os destaques do acervo estão moluscos bivalves, répteis, peixes, anfíbios, aves, mamíferos e diversos invertebrados. O espaço conta ainda com um aquário com corais e espongiários, além de uma ala dedicada à osteologia.

A coleção científica é de acesso restrito a pesquisadores da Unitins e de outras instituições. Já a coleção didática está disponível para visitas guiadas e empréstimos a escolas e órgãos públicos, em ações educativas.


 






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