Projeto de extensão da Unitins destaca potencial das PANCs e PMACs na alimentação e medicina popular

Iniciativa busca resgatar saberes tradicionais que vêm sendo deixados de lado

Lara Fogaça Agrotins 25 anos 16/05/2025 17:01

Por meio do projeto, foram produzidos itens como farinhas, infusões, óleos medicinais e geleias (Fotos: Cyarla Barbosa/Dicom Unitins)


Um projeto extensionista de acadêmicas do curso de Tecnologia em Gestão do Agronegócio/Câmpus Paraíso, apresentou para o público da Vitrine Agrotecnológica da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) benefícios e diferentes formas de consumo para plantas conhecidas.  

Sob o título “Plantas que transformam: sabores, saúde e oportunidades no agronegócio” a exposição esclareceu as siglas PANCs e PMACs, que significam, respectivamente, Plantas Alimentícias Não Convencionais e Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares.

A acadêmica do curso de Tecnologia em Gestão do Agronegócio/câmpus Paraíso Kamilla Ávila explica que o projeto de extensão iniciou em agosto de 2024 e traz como finalidade a busca em reavivar conhecimentos tradicionais que vêm se perdendo sobre o uso e a importância do consumo das plantas. “A gente busca levar para comunidade a importância dessas plantas. Muitas delas passam despercebidas, algumas são usadas somente para tempero, outras somente de forma medicinal, mas muitas delas podem ser aplicadas em diferentes funções: medicina, aromática, alimentar e condimentar”, esclarece.

Sobre as PANCs, a estudante Geovanna Teixeira destacou plantas que são encontradas, muitas vezes, nos quintais das casas, porém seu potencial alimentar é desconhecido. “A beldroega, apaga-fogo, por exemplo, são bem fáceis de serem encontradas, mas a gente não tem mais a tradição de comer, como as pessoas tinham antigamente. As pessoas acabam descartando essas plantas e não sabem que estão jogando fora plantas cheias de nutrientes”.

Integrando a exposição, as estudantes exibiram itens produzidos no projeto: Farinhas, infusões, óleos medicinais, geleias são exemplos do que foi feito a partir das plantas.

A bióloga Lara Moraes foi uma das pessoas que visitou o estande e aprovou o que experimentou. “Achei muito interessante o trabalho das geleias com flores. Elas usaram as flores primavera, o hibisco e a ixora, que são plantas comuns de dentro de casa, mas que ninguém sabe que elas são comestíveis. Muito interessante os sabores também, a primavera ela é mais adocicada, o hibisco já tem um tom mais cítrico ao paladar, mas todas são uma delícia. Eu comeria várias vezes”.

De acordo com as alunas, o projeto já concluiu algumas etapas e deve finalizar no mês de julho deste ano. “A primeira etapa foi a de conseguir as mudas e nós contamos com o apoio da comunidade para isso. Depois fizemos a multiplicação das mudas, o processo de secagem e conservação e o próximo passo é fazer oficinas com a comunidade. Nessas oficinas, a gente vai fazer toda a parte de explicar para a comunidade as formas de uso, de consumo e, por último, faremos a distribuição das mudas que produzimos”, descreveu Kamilla Ávila.

 

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