Alunos durante o encerramento da exposição em Lajeado (Fotos: Elieson Santos/Nuta/Unitins)
Após passar por Lajeado e Tocantínia, a exposição fotográfica “Ecos da Serra: a arte rupestre na APA Serra do Lajeado” chega ao município de Aparecida do Rio Negro nesta quinta-feira, 10, um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), por meio do Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta), que ampliar o conhecimento sobre os sítios rupestres da Área de Proteção Ambiental (APA) e traz à tona o potencial arqueológico da região e a urgência da conservação do patrimônio cultural tocantinense.
O evento terá início às 14h30, na Câmara Municipal da cidade, com palestras ministrada pelos pesquisadores do Nuta, Genilson Nolasco e José Carlos de Oliveira Pinto Junior, que vão abordar os achados da pesquisa, a localização dos sítios, o estado de conservação das pinturas rupestres e propostas para gestão e conservação do patrimônio arqueológico. Logo em seguida, os presentes terão a oportunidade de fazer uma visita guiada pela exposição, que ficará disponível até o próximo dia 7 de maio na Vila Conectada.
A mostra é resultado do projeto “Mapeamento e levantamento do estado de conservação de sítios arqueológicos rupestres cadastrados na Área Estadual de Proteção Ambiental Serra do Lajeado”, financiado pela Fapt e Naturatins, por meio do edital. O projeto teve início em maio de 2023 e segue até o próximo mês de julho.
Com fotografias feitas em campo pelos pesquisadores do Nuta, a exposição apresenta registros de painéis rupestres, o contexto ambiental em que estão inseridos e os desafios enfrentados para garantir sua preservação. Os visitantes terão acesso a imagens impactantes que mostram não apenas a arte ancestral gravada nas pedras, mas também os riscos causados pela ação do tempo e do ser humano.
“A exposição, agora em Aparecida do Rio Negro, é mais do que uma mostra de imagens, é uma ação educativa e cultural estratégica. Levar esse acervo fotográfico para os municípios abrangidos pela APA Serra do Lajeado fortalece o vínculo entre a comunidade e seu patrimônio cultural. É uma forma de tornar visível o legado deixado pelas antigas populações que habitaram a região, sensibilizando a sociedade para a importância da conservação dos vestígios rupestres. A presença da exposição em Aparecida reforça o compromisso do projeto com a democratização do conhecimento científico e com a valorização das memórias inscritas nas paisagens do Cerrado tocantinense”, explica o professor doutor Genilson Nolasco, que é curador do Nuta.
O professor também ressalta que a exposição circula pelos municípios abrangidos pela APA Serra do Lajeado: Tocantínia, Lajeado, Palmas e Aparecida do Rio Negro. Em Tocantínia e Lajeado, a galeria foi desmontada no último dia 4 de abril, com uma palestra sobre os sítios rupestres pesquisados pela equipe e uma visita guiada, voltada para professores e estudantes do ensino fundamental e médio. Atualmente, a exposição está em Palmas, no Museu Palacinho, onde foi montada nesta terça-feira, 8, e segue aberta à visitação. No início de maio, no mesmo local, será realizado um evento com palestras e o lançamento de um livreto sobre o trabalho desenvolvido. Com o encerramento ba Capital, será concluido o circuito da exposição dentro do projeto atual, mas será retomada em outras ações futuras, de acordo com o professor.
Nuta
O Núcleo Tocantinense de Arqueologia (Nuta) desenvolve pesquisas voltadas à arqueologia e ao patrimônio cultural, com contribuições significativas para o avanço do conhecimento científico sobre a presença humana na região. Seus estudos revelam registros que datam de aproximadamente 12 mil anos, além de destacar a diversidade dos contextos sociais que compõem a história cultural do Tocantins. O Nuta está sediado em Porto Nacional, no bairro Jardim dos Ipês, quadra 20, lote 65, no Anel Viário da Rodovia TO-050.
Estudantes tiveram acesso as fotografias feitas em campo pelos pesquisadores do Nuta