Acadêmicos fazem registro em dia de gravação dos vídeos para o projeto (Foto: Arquivo Pessoal)
O curso de Direito do Câmpus Paraíso da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) deu início à veiculação de vídeos do projeto didático "Informação é Proteção: identificando os tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher". A iniciativa busca conscientizar as comunidades acadêmica e externa sobre os diferentes tipos de violência de gênero previstos na Lei Maria da Penha: física, psicológica, patrimonial, sexual e moral. A ação está vinculada à disciplina "Legislação Penal Especial", na modalidade EAD, e é coordenada pela docente do curso Cristiane Dorst Mezzaroba.
O projeto conta com a participação de 50 alunos de Direito, organizados em cinco equipes de dez integrantes. Cada grupo foi responsável pela produção de um vídeo educativo, com duração de 1 minuto e 30 segundos a 2 minutos. A divulgação ocorreu nas redes sociais dos acadêmicos, como por exemplo WhatsApp, Instagram, Facebook e TikTok. Cada material audiovisual aborda um dos tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Dessa forma, os alunos utilizaram recursos como fotos, imagens, trechos de filmes ou novelas, músicas, narrativas, entrevistas, dramatizações e a Inteligência Artificial (IA), para exemplificar as diversas formas de violência e destacar onde as vítimas podem buscar ajuda. As produções foram finalizadas com informações institucionais, incluindo da Unitins.
“Estamos reforçando o compromisso da Universidade e dos acadêmicos com a promoção da equidade e da segurança. Além disso, buscamos fomentar o debate sobre a violência de gênero e fortalecer a consciência de responsabilidade social dos alunos. Visamos também ampliar o acesso à informação para a sociedade em geral, promovendo conhecimento e prevenção”, destacou a professora Cristiane Mezzaroba.
Os vídeos foram roteirizados e produzidos pelos acadêmicos, que, além de aprenderem sobre os aspectos jurídicos da Lei Maria da Penha, buscaram esclarecer a comunidade externa sobre como identificar situações que caracterizam a violência doméstica e familiar contra a mulher. “O tema é de grande relevância social e ainda atinge milhares de mulheres no ambiente onde mais deveriam se sentir seguras; em casa”, explicou a docente.
Veiculação
Os vídeos foram publicados nas plataformas digitais dos acadêmicos, como YouTube, TikTok, Instagram, WhatsApp e Facebook, e tiveram boa visibilidade na comunidade. O vídeo sobre "Violência Moral" alcançou cerca de 500 visualizações no perfil do Instagram da estudante Eduarda Cardoso do Nascimento, e outras 906 visualizações apenas em um story da aluna Noemya Gabrielly Silva Queiroz. Ambas são estudantes do 3° período do curso.
Noemya Gabrielly destacou a dificuldade de se colocar no lugar das vítimas de violência doméstica e transmitir a mensagem do vídeo de forma clara. “Desejamos demonstrar essas violências e a importância de garantir a compreensão do público. A experiência foi enriquecedora, reforçando nosso entendimento sobre a Lei Maria da Penha como um marco essencial na luta das mulheres por justiça e proteção”.
Para Eduarda, o maior desafio na produção do vídeo foi elaborar um roteiro que transmitisse, de forma clara e sensível, o peso da violência moral, destacando sua seriedade e impacto. “Buscamos prender a atenção do espectador sem perder o foco no tema, mostrando que a violência contra a mulher vai além da agressão física e inclui outras formas igualmente graves, como a moral. Com essa experiência, aprendemos que o crime em si não é a violência doméstica, mas que a Lei Maria da Penha classifica diferentes tipos de violência.”
"O curso de Direito tem um compromisso inegociável com a justiça social e os direitos humanos, o que inclui a luta contra a violência doméstica e o fortalecimento das mulheres. Iniciativas audiovisuais são essenciais para ampliar a conscientização e o acesso à informação. Seguimos priorizando ações que colocam as mulheres como protagonistas na construção de uma sociedade mais justa e segura”, pontuou a coordenadora do curso de Direito, Eduarda Mello.
Acadêmicos utilizaram recursos de audiovisual, inteligência artificial, dramatizações, entre outros elementos para explicar a violência doméstica
ODS
A iniciativa se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente ao ODS 5, que trata da igualdade de gênero, e ao ODS 16, que visa a promoção da paz, justiça e de instituições eficazes.
Clique aqui para acompanhar os vídeos.
Aluna de Direito atuando em um dos vídeos produzidos