Curso de Direito discute etarismo e suas manifestações na sociedade

Evento foi promovido para o público da Universidade da Maturidade em Dianópolis

Ceila Menezes Câmpus Dianópolis 30/10/2024 12:40

 

Roda de Conversa abordou etarismo com estudantes da Universidade da Maturidade (Fotos: Divulgação)

 


Com a proposta de criar um ambiente acolhedor onde os idosos possam sentir-se ouvidos e apoiados, fortalecendo os laços comunitários e a solidariedade entre os participantes, o Núcleo de Cidadania, Direitos Humanos e Democracia do curso de Direito da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) Câmpus Dianópolis promoveu uma roda de conversa sobre o etarismo e suas diversas formas de manifestação na sociedade.

O evento teve como mediadora a professora Gleidy Braga e como público-alvo os participantes da Universidade da Maturidade (UMA), um espaço dedicado ao aprendizado e à interação entre idosos. Contou também com a presença das palestrantes Eliane Borges, assistente social e diretora da UMA, e Vitória Reis, acadêmica do curso de Direito. “Precisamos garantir que os direitos dos idosos sejam respeitados e que suas vozes sejam ouvidas dentro da sociedade”, afirmou Eliane.

A acadêmica Vitória Reis, idealizadora do evento, iniciou sua participação com uma dinâmica em que os idosos expressaram-se ao observar sua imagem num espelho. “É fundamental que as novas gerações se envolvam nessa discussão, pois a mudança de atenção começa com a educação", contribuiu.

Durante o evento, Gabriel de Carvalho Queirós Mendes, um dos participantes, apresentou uma reflexão importante sobre o etarismo: “Às vezes, esse público nem percebe que sofre preconceito no dia a dia, seja ao frequentar um determinado espaço ou ao ser informado de que a idade não é compatível para fazer determinada coisa, o que é uma forma de etarismo. As pessoas que envelhecem assim nem sempre percebem que estão a discriminar, pois o preconceito vem da nossa tendência em formar conceitos sobre as pessoas sem as conhecer. Para mudar isso, é preciso conscientização sobre como o etarismo se manifesta de maneira sutil, mas ainda assim

A roda de conversa ocorreu na sala de reuniões do Câmpus Dianópolis, proporcionando um ambiente acolhedor para que os participantes compartilhassem experiências e reflexões sobre o preconceito e a discriminação enfrentados pela população idosa. Durante o encontro, abordamos questões como a representação da terceira idade na mídia, as barreiras sociais e os estereótipos que ainda persistem em nossa cultura

A coordenadora do curso de Direito, professora Beatriz Mafra, também esteve presente e enfatizou a importância de discutir o etarismo sob a perspectiva dos direitos humanos. “É fundamental que reconheçamos a riqueza das experiências dos mais velhos e que lutemos contra qualquer forma de discriminação. A sociedade deve aprender a valorizar a sabedoria que vem com a idade, e isso começa com a educação e o diálogo”, afirmou Beatriz. Ela destacou que o etarismo não é apenas uma questão de atitude individual, mas um problema estrutural que precisa ser enfrentado coletivamente.

A professora Gleidy Braga, por sua vez, reforçou a importância deste tipo de evento para promover a conscientização e a inclusão. “Estamos a criar um espaço onde as vozes da terceira idade possam ser ouvidas e respeitadas. É um passo importante para a construção de uma sociedade mais justa”, disse.

O evento não apenas promoveu a conscientização sobre o etarismo, mas também reforçou a necessidade de um olhar mais atento e respeitoso em relação à população idosa, liberando suas contribuições e direitos. A roda de conversa mostrou-se um espaço relevante para a formação de uma comunidade mais solidária, onde todos possam se sentir valorizados, independente da idade. 


Professora e coordenadora do curso de Direito, Beatriz Mafra destaca importância do debate


 

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