Coordenadora do Lactec apresenta produtos feitos com o feijão-borboleta para o reitor da Unitins, Augusto Rezende (Foto: Nonato Silva/ Dicom Unitins)
O Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos (Lactec) apresentou os produtos desenvolvidos no Complexo de Ciências Agrárias (CCA) aos visitantes da 24ª Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins). Dentre os produtos, a novidade do estande é a clitoria, conhecida também como feijão-borboleta.
A professora doutora em Microbiologia Aplicada Rosilene Naves Domingos, responsável pelo Lactec, explica sobre como o trabalho é desenvolvido no laboratório. “Aqui, no CCA, nós temos o Lactec, que é o Laboratório de Ciência e Tecnologia de Alimentos, e nele desenvolvemos produtos a partir do aproveitamento e reaproveitamento de alimentos. Então, eu gosto de trabalhar com Pancs, que são plantas alimentícias não convencionais. Dentro delas, trabalhamos com a ora pro nobis, bertalha e aculeata. E agora chegou a mais nova na casa que é a clitoria.”
Seu nome científico (clitoria) tem origens nas características das flores da planta, que se assemelha a forma do órgão genital feminino. Outra característica marcante das flores do feijão-borboleta é a sua cor, um azul intenso que deixa a flor muito chamativa. Em alguns cultivares, a flor pode apresentar-se totalmente na coloração branca.
Ficha técnica do feijão-borboleta no estande do Lactec na Agrotins 2024
A professora detalha como está sendo a recepção dos visitantes da Agrotins ao estande do Lactec. “A grande maioria deles, tanto crianças quanto os mais velhos, conhecem, só que não sabiam de poderia ser utilizado como alimento. O feijão-borboleta nasce na calçada de casa, sem você plantar e é uma característica dela. Ela nasce espontaneamente, sem ser cultivada."
No estande da Unitins estão presentes produtos feitos com a planta como o chá, feito da infusão das flores e água quente, quando pode ser feita a extração do pigmento. “Com esse chá, nós estamos trabalhando outros produtos como bolachas, utilizamos também para molhar o polvilho e preparar a tapioca, assim você poderá ter uma tapioca azul e a própria cor, em natura, que pode ser colocada em recheios. A flor dela também é comestível, na verdade, todas as partes delas são comestíveis. Seu nome popular vem do formato da semente, que lembra um feijão e ele fica assim, meio viradinho, parece a asinha da borboleta”, reforça a responsável pelo laboratório.