O projeto de extensão “Oficinas educativas e de autocuidado para idosos do município de Augustinópolis/TO” encerrou suas atividades com uma Roda de Conversa sobre sexualidade na terceira idade. A última ação ocorreu no dia 26 de maio, na Unidade Básica de Saúde da Família do bairro São Pedro. A atividade reuniu os idosos assistidos pelo posto de saúde.
“Escolhi deixar esse tema por último por não saber como abordar o assunto com pessoas mais velhas, de outra geração, que eu não sabia como receberiam o tema que é tabu, sobretudo, na terceira idade, mas fui surpreendida porque, em nenhum momento, em toda a preparação anterior à ação eu imaginei que eles receberiam tão bem esse assunto”, compartilhou a acadêmica Victória Laís Carmo, do 4º período de Medicina, que desenvolveu a proposta.
Acadêmica Victória Laís do Carmo, pesquisadora e desenvolvedora do projeto de extensão (Fotos: Reprodução/Acervo Pessoal)
O projeto foi desenvolvido a partir do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Extensão (Pibiex) sob orientação da professora Sylla Figueiredo. A última ação contou com a participação dos acadêmicos de Medicina Vitor de Melo, Cláudia Lorena Carvalho Alves, Rebecca Prates e Lucas Marques, que atuaram como voluntários. A Roda de Conversa foi viabilizada por uma parceria com o projeto de extensão “IST sem Estigma”, da acadêmica Victória Régia Figueiredo, do 4º período.
No final do ano passado, a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) chamou a atenção para o aumento de casos de HIV entre pessoas idosas no Brasil. Dados do Ministério da Saúde apontam que somente em 2019 mais de cinco mil pessoas idosas foram diagnosticadas com o vírus no país.
“No final, educação em saúde é realmente transformadora e útil para a população. Por mais estigmatizados ou complicados que sejam os temas, é direito da população ter acesso ao conhecimento. Acredito que o mínimo que fazemos como universidade pública é levar esse conhecimento”, concluiu a acadêmica.
Para o coordenador de Medicina/Câmpus Augustinópolis, Victor Giovannino, “na região Norte do País já é difícil falar sobre estigmas, sobre infecções sexualmente transmissíveis e quando a gente vê alunos do 4º semestre de Medicina abordando esses assuntos com a população percebemos a contribuição gigantesca que eles estão deixando para a comunidade augustinopolina”, parabenizou.
Grupo de idosos, acadêmicos de medicina e professora Sylla Figueiredo após Roda de Conversa