Professores da Unitins e profissionais convidadas participam de conversa aberta sobre educação inclusiva (Fotos: Quezia Alencar/ Dicom Unitins)
"A importância da equipe multidisciplinar para a educação inclusiva: os desafios, avanços e estratégias para uma sociedade equânime” é o tema da conversa aberta entre profissionais multidisciplinares da educação, realizada nesta terça-feira, 23, no auditório da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) Câmpus Araguatins. O evento aconteceu em alusão aos dias do Pedagogo e do Profissional de Letras, comemorados dias 20 e 21 de maio, respectivamente.
A programação da noite iniciou com a solenidade de abertura e contou com a presença do coordenador do curso de Letras, Victor Fernandes Borges, a professora Ana Maria Freitas, representando a coordenadora do curso de Pedagogia, Aquenubia Gonçalves, a professora e assistente social Henna Gilsa e a professora e psicóloga Adenilda da Silva. A noite continuou com a apresentação cultural do aluno do 1º período de Pedagogia Cristian Barros. O acadêmico realizou a leitura do cordel “Guias do Conhecimento” de autoria própria.
A primeira noite da programação trouxe um momento de conversa entre profissionais multidisciplinares, com a participação da psicopedagoga Miliana Sampaio, a fonoaudiológa Adriana Ferraz, assistente social Valéria Maria Ferreira e o diretor do Câmpus Araguatins, Sérgio Mendes. O debate abordou a educação inclusiva, a interdisciplinaridade na formação educacional e a importância de um olhar múltiplo no processo de aprendizagem.
A fonoaudióloga Adriana Ferraz ressaltou a importância da conversa para os profissionais da educação. “É extremamente necessária essa abordagem levantada hoje, trazendo esse olhar multiprofissional para construir a educação que tanto sonhamos, uma educação que transforma. É um momento muito rico, com a oportunidade de mostrar para os alunos e professores como a atuação dos profissionais de Letras e Pedagogia é essencial para nossa sociedade", destacou.
Evento reuniu professores universitários, acadêmicos da Unitins e professores da rede municipal
Para a acadêmica do 5º período de Pedagogia Samira Sousa, a noite foi enriquecedora. “Algo que chamou bastante minha atenção foi a fala da assistente social, me fez perceber que ainda tenho muito a aprender sobre as dificuldades enfrentadas no campo da educação, especialmente quando não há o apoio necessário por parte das famílias dos alunos. Ela destacou a importância de estabelecer parcerias com os pais e responsáveis, buscando o engajamento e a colaboração deles no processo educacional, isso me fez compreender que a educação inclusiva é um desafio complexo, que envolve não apenas questões pedagógicas, mas também sociais e familiares”, contou a estudante.
A assistente social Valéria Maria Ferreira comenta que essa é uma temática que precisa ser constantemente debatida, pois “muita gente ainda não sabe como um assistente social pode trabalhar dentro de uma escola, mas nós podemos atuar em questões sociais, psicológicas e, principalmente, com os alunos da educação inclusiva é importante reforçar que o trabalho desenvolvido é sempre em equipe e a base são os professores e a coordenação. Trabalhando de perto com o tema a gente entende a necessidade constante de equipes multiprofissionais dentro da educação básica”, afirmou.
Debate entre profissionais abordando a psicopedagogia, serviço social e fonoaudiologia
A psicopedagoga e professora Miliana Sampaio relatou que falar sobre os processos inclusivos é importante em qualquer instância. "É preciso falar sobre a importância da equipe multiprofissional e o papel dela na inclusão, informar para nossos alunos e o público externo o quanto é importante que a educação pública ou privada, do ensino infantil ao superior tenha a presença desses profissionais no ambiente educacional. Nós precisamos valorizar essas equipe e fazer com que funcione de verdade, amparando e auxiliando os professores regulares, adequando assim, o ensino às crianças neurodivergentes", contou Miliana.
Segundo o coordenador do curso de Letras, Victor Borges, o tema para o debate surgiu a partir de sugestões do corpo docente dos colegiados de Letras e Pedagogia, com a participação das coordenações e assessoria pedagógica, entendendo que há uma demanda sobre a necessidade da implementação das equipes multidisciplinares nas redes de ensino de educação básica. Victor comentou também sobre o sucesso da primeira noite do evento: “tivemos a honra de contar com o auditório cheio de acadêmicos, professores da rede municipal, convidados e parte dos profissionais que compõem a equipe multidisciplinar. Sem dúvida, a temática e abordagem pelos profissionais especializados vieram ao encontro dos anseios e expectativas das discussões feitas na Conversa Aberta dos cursos de Letras e Pedagogia, realizado também para homenagear os Pedagogos e os Profissionais de Letras neste mês de maio”, afirmou.
O diretor do Câmpus, Sérgio Mendes, ressaltou que o momento é de crescimento para os futuros profissionais e parabenizou a todos os estudantes e professores de letras e pedagogia. “O pedagogo e o letrólogo desempenham um papel fundamental na sociedade, ser professor é uma tarefa extremamente desafiadora, mas também muito gratificante e acredito que esse lado pesa muito mais do que os desafios. Como as profissionais evidenciaram no debate, é preciso ter sensibilidade para identificar situações que precisam de um cuidado maior e espero que com estas discussões apresentadas, os alunos possam aprender muito mais”, disse o diretor.
A programação continua nesta quarta-feira, 24, com a oficina “A função do cuidador e do professor auxiliar no processo educacional de crianças neurodivergentes”, com a psicopedagoga da Unitins Miliana Sampaio.