A Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) promove o Cine Debate ‘A representação negra em telenovelas e seu reflexo no imaginário coletivo’ como parte da campanha nacional "21 dias de Ativismo contra o Racismo". O evento vai acontecer no auditório do Câmpus Palmas, a partir das 8h30, no dia 18 de março. Para fazer sua inscrição basta clicar aqui.
A iniciativa é do professor, John Max Santos Sales, economista, especialista em Educação Empreendedora, mestre em Planejamento Urbano e Regional e doutorando em Planejamento Urbano e Regional, que compõe do colegiado dos cursos Engenharia Agronômica, Pedagogia e Serviço Social do Câmpus Palmas.
O professor convida a todos e todas para participar do debate e contribuir para reflexão e luta pela igualdade racial. Ao revelar a motivação da escolha do tema, Sales relaciona o significado que traduz o corpo negro na sociedade.
“Decidi levar a discussão para as obras audiovisuais, principalmente a questão das telenovelas, porque são anos retratando o corpo negro em condições de inferioridade e subalternidade, reproduzindo uma série de estigmas, estereótipos, preconceito, discriminação e, consequentemente, racismo. Então eu vou mobilizar esses conceitos para colocar em voga o debate sobre o imaginário coletivo. As telenovelas, sobretudo no caso do Brasil, têm um poder muito forte, e falar do imaginário é falar de imagem. Então, questionar e problematizar a imagem do negro é também refletir sobre a nossa sociedade”, discorreu o professor.
Sales é integrante do Coletivo Maria José Justino, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e foi nesse espaço que conheceu os 21 Dias de Ativismo contra o Racismo. Por isso, em 2023, decidiu incluir a Unitins na programação, que pode ser acessada aqui. (https://docs.google.com/viewer?url=https%3A%2F%2Fd1fdloi71mui9q.cloudfront.net%2FWUoqmgUyQU2SafhBhjvJ_Agenda%20Campanha%2021%20Dias%20de%20Ativismo%202023%20(2).pdf&urp=gmail_link)
Origem
De 1º a 21 de março, coletivos, entidades e instituições organizam ações contra o racismo em todo o país. Tudo começou em 21 de março de 1960, quando o Apartheid, regime racista na África do Sul, assassinou 69 pessoas e feriu 186, em brutal repressão, conhecida como “Massacre de Shaperville”.
Cerca de 5.000 pessoas faziam um protesto pacífico contra a Lei do Passe, que obrigava as pessoas negras portarem um cartão que indicava os locais onde era permitida sua circulação. A polícia sul-africana abriu fogo contra a multidão desarmada.
O Apartheid durou até 1994, marcado pela segregação. A Organização das Nações Unidas (ONU), então, considerou essa data como o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. Daí nasceu os 21 dias de ativismo, com o objetivo de organizar atividades autônomas em todo o país, e no mundo.
Você pode conferir todas as atividades pela página oficial da campanha "21 dias de Ativismo contra o Racismo" no Instagram.